Raízen (RAIZ4): CEO vê potencial em programa do governo para biocombustíveis
Para Ricardo Mussa, o NIB pode auxiliar na eletrificação de processos em usinas e produção de etanol

⛽ O presidente da Raízen (RAIZ4), Ricardo Mussa, teceu elogios ao NIB (Nova Insústria Brasil), plano de industrialização do governo federal que destina R$ 300 bilhões para o setor industrial. Mussa acredita que o plano pode ajudar o setor de biocombustíveis a eletrificar processos em usinas e auxiliar na produção de etanol com fins de exportação.
Em entrevista a jornalistas durante o B20, no Rio de Janeiro, o empresário afirmou que a eletrificação de processos industrias é um dos assuntos discutidos por grande corporações. Ele afirma ainda, que o B20 discute como promover alternativas que mais sentido para a economia e que, muitas vezes, é promovido algo que não é o mais eficiente.
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"O Brasil já tem energia solar e eólica a bom preço. Se o setor pegar essa energia elétrica para operar usinas, em vez de rodá-las com bagaço, pode pegar esse insumo para transformar em produto líquido e exportar. O plano do governo pode ajudar nisso".
Oportunidades na aviação
Além disso, Mussa ressaltou que há oportunidades de o Brasil se tornar um "grande protagonista" na fabricação de etanol. Ele explicou que a cada 1,7 litro de produto, é possível produzir 1 litro de SAF, que possui o maior valor agregado.
O SAF é todo tipo de combustível da aviação que não utiliza matéria-prima fóssil para ser produzida, como petróleo bruto ou gás natural.
Segundo Mussa, uma alternativa para a indústria nacional é em vez de exportar etanol, transformá-lo em SAF e só depois desse processo, vendê-lo para outros países, pois essa fórmula ampliaria a receita.
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O presidente da Raízen também defendeu que o Brasil invista em SAF de óleo vegetal, porque o setor de aviação não vai se eletrificar no curto prazo, já que as aeronaves possuem vida útil superior à dos automóveis.
Transportes elétricos
Outro ponto destacado por Mussa é a eletrificação da matriz dos transportes terrestres. Apesar de acontecer, será uma transição lenta, no ponto de vista dele. O motivo seria a presença imponente dos biocombustíveis.
Ele explicou que, ao contrário de países europeus, o Brasil possui alternativas além da eletrificação como única solução. Nesse contexto, ele expressou otimismo em relação ao potencial do carro híbrido no mercado brasileiro, enfatizando que os países seguirão diferentes trajetórias de descarbonização nos próximos anos.
Consequentemente, o executivo argumentou que não há necessidade de incentivos públicos para o carro elétrico no Brasil. Ele afirmou que, no país, a adoção da eletromobilidade tem sido e deve continuar sendo mais uma escolha dos consumidores do que uma política governamental.

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