Petrobras (PETR4): Goldman reforça compra, mesmo com defasagem de combustíveis
Para o banco, resultado do segmento de produção e exploração de petróleo deve compensar perdas em refino e vendas de combustíveis.

A decisão da Petrobras (PETR4) de não repassar toda a recente alta do petróleo para os consumidores brasileiros não reduziu o otimismo do Goldman Sachs em relação à estatal. Tanto que o banco reforçou a recomendação de compra para as ações da Petrobras nesta terça-feira (14).
⛽ Os preços do petróleo já subiram mais de 10% desde o início de dezembro de 2024. Contudo, a Petrobras reforçou na segunda-feira (13) o compromisso de evitar o repasse da volatilidade externa dos preços do petróleo para os preços internos dos combustíveis, de forma a garantir previsibilidade no mercado.
Segundo especialistas, os preços praticados pela Petrobras estão defasados em relação ao mercado internacional. Contudo, o Goldman Sachs avalia que isso não deve afetar os resultados, nem os dividendos da estatal neste início de 2025.
📊 Em relatório publicado terça-feira (14), o Goldman Sachs reconheceu que a manutenção dos atuais preços da gasolina e do diesel deve pressionar as margens de refino da Petrobras. No entanto, lembrou que a alta dos preços do petróleo favorece os resultados do segmento de produção e exploração. Por isso, avalia que, no final, o saldo será positivo para a estatal.
Ou seja, na avaliação do Goldman Sachs, as perdas do segmento de refino e venda de combustíveis (downstream) serão mais do que compensadas pelos ganhos do segmento de produção e exploração de petróleo (upstream), caso os preços do petróleo continuem em alta.
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As projeções do Goldman
Pelos cálculos do banco, o Ebitda consolidado da Petrobras pode crescer 3% neste primeiro trimestre de 2025, mesmo sem reajustes nos preços dos combustíveis, caso o preço médio do petróleo Brent suba de US$ 74 para US$ 81 o barril (valor de fechamento da segunda-feira, 13).
💲 Além disso, o banco mantém a expectativa de um retorno forte de dividendos em 2025. A projeção é de um DY (Dividend Yield) de 14% em 2025, sendo 12% de dividendos ordinários e 2% de dividendos extraordinários.
Diante dessa avaliação, o Goldman Sachs reforçou a recomendação de compra para as ações da Petrobras nesta terça-feira (14). O preço-alvo para os papeis preferenciais da estatal é de R$ 45,10, o que representa um potencial de alta de quase 22% em relação ao fechamento de segunda-feira (13).

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