Ibovespa sobe com bancos, exterior e IOF no radar, mas Petrobras e Vale pesam
O índice foi puxado principalmente pelo desempenho positivo dos bancos e pelo bom humor vindo do exterior, especialmente de Wall Street.

🚨 O Ibovespa encerrou a sessão desta terça-feira (3) com alta de 0,56%, aos 137.546,26 pontos, após uma sequência de quatro quedas consecutivas.
O índice foi puxado principalmente pelo desempenho positivo dos bancos e pelo bom humor vindo do exterior, especialmente de Wall Street, que segue navegando entre incertezas tarifárias e otimismo com a Inteligência Artificial.
No câmbio, o dólar comercial recuou 0,70%, fechando cotado a R$ 5,635, enquanto os juros futuros (DIs) encerraram o dia de maneira mista.
Nvidia e IA salvam o humor de Wall Street
As tensões comerciais entre Estados Unidos e China continuam no radar dos investidores, mas o otimismo com possíveis conversas entre Donald Trump e Xi Jinping deu fôlego aos mercados.
A expectativa positiva foi alimentada especialmente pelas ações ligadas à Inteligência Artificial, com destaque para a Nvidia (NVDC34), que liderou os ganhos em Nova York.
“Acreditamos que a possibilidade de diálogo entre EUA e China é um bom sinal para o setor de tecnologia. A Nvidia é uma das grandes beneficiadas nesse cenário”, afirmou Dan Ives, analista da Wedbush Securities, à CNBC.
Apesar disso, o clima ainda é de cautela. A Casa Branca reiterou que Trump pretende dobrar tarifas sobre aço e alumínio, enquanto a OCDE alertou que as tarifas impostas pelo governo norte-americano podem afetar a economia global mais do que o previsto.
No campo macroeconômico, os dados mostraram um mercado de trabalho aquecido, mas uma retração inesperada de 3% nas encomendas à indústria em abril.
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Sinergia entre Lula e Haddad agrada mercado
No cenário doméstico, o destaque ficou por conta das falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apresentaram discursos alinhados.
Haddad afirmou que as críticas à proposta de aumento do IOF tornaram o debate sobre as contas públicas mais sério, e reforçou que o governo busca medidas que não penalizem a população de baixa renda.
Lula, por sua vez, disse confiar integralmente em Gabriel Galípolo, atual diretor do Banco Central, e reiterou críticas às renúncias fiscais, estimadas em R$ 800 bilhões, defendendo um ajuste mais estruturante para as contas públicas.
As falas ajudaram a melhorar a percepção do mercado sobre o compromisso fiscal do governo.
Além disso, a produção industrial de abril subiu 0,1%, registrando o quarto mês seguido de alta. Embora modesto, o dado foi bem recebido por parte do mercado e fortaleceu a expectativa de um cenário mais controlado para a inflação.
Vale e Petrobras caem; Bradesco lidera ganhos
No mercado acionário, a dinâmica foi invertida em relação ao dia anterior. Enquanto Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) recuaram — 0,06% e 0,27%, respectivamente —, os bancos impulsionaram o Ibovespa. A Petrobras sentiu o peso de discussões no governo sobre a possibilidade de usar dividendos para reforçar o caixa federal.
Já o Bradesco (BBDC4) liderou as altas entre as blue chips, subindo 1,70%, após analistas elevarem a recomendação do papel.
O Banco do Brasil (BBAS3), que recentemente enfrentou revisões para baixo em seu preço-alvo, também registrou alta, de 0,27%.
O varejo foi um dos destaques positivos da sessão. Magazine Luiza (MGLU3) disparou 7,44%, enquanto fora do Ibovespa, Casas Bahia (BHIA3) e Americanas (AMER3) avançaram 8,52% e 10,94%, respectivamente.
Petz (PETZ3), que recebeu aprovação sem restrições da fusão com a Cobasi pelo Cade, teve alta mais modesta de 0,93%, mas distante da máxima intradiária.
Entre as aéreas, mesmo após o rebaixamento de rating pela Moody's, Azul (AZUL4) subiu expressivos 8,79%, enquanto Gol (GOLL4) avançou 0,67%.
Eletrobras (ELET3) ganhou 0,36% após analistas reiterarem recomendação de compra, e TIM (TIMS3) avançou 1,64% com o anúncio de grupamento e desdobramento de ações.
Na contramão, Rede D’Or (RDOR3) caiu 3,04% após reduzir sua projeção de abertura de leitos.
➡️ Leia mais: Banco do Brasil (BBAS3) sob pressão: XP vê aumento de riscos e rebaixa recomendação
Expectativas para a quarta-feira (4)
A agenda econômica segue carregada. Amanhã saem os dados de criação de empregos privados nos EUA (ADP), além de novos PMIs (Índice de Gerentes de Compras) no Brasil e no exterior.
📊 O foco, no entanto, segue na tensão entre Trump e Xi Jinping, nas negociações sobre o IOF no Brasil e no desenrolar das tarifas americanas.

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