Ibovespa se espreguiça com lucro de 1,26%, e real amassa o dólar a R$ 6,11
Dólar se enfraquece em todo o mundo, com mercado reagindo a possíveis tarifas comerciais do governo Trump

🤑 Pela primeira vez em 2025, as ações brasileiras que integram o Ibovespa fecharam o pregão com ganhos significativos, valorizando-se +1,26%, aos 120.021,52 pontos, nesta segunda-feira (6), primeiro pregão do ano com maior liquidez dos mercados.
Além disso, o nosso real conseguiu amenizar bastante a sua perda de poder de compra contra o dólar no curto prazo, já que a nossa moeda avançou +1,11%, sendo que o dólar à vista ficou cotado a R$ 6,11.
Mesmo assim, conforme dados do Investidor10, desde o fechamento do dia 13 de dezembro de 2024, o dólar tem se mantido acima dos R$ 6. Já a primeira vez que a moeda americana ultrapassou essa barreira psicológica foi no dia 28 de novembro de 2024.
E não foi apenas a moeda oficial do Brasil que teve um desempenho ímpar contra o dólar, mas a divisa americana em si perdeu força no mundo durante a sessão, com os mercados globais reagindo à reportagem publicada no Washington Post sobre o governo Trump planejar pacote de tarifas a todos os países, porém abarcando só importações essenciais.
Wall Street
Já nos Estados Unidos, os principais índices acionários de Wall Street se recuperavam de uma semana de perdas, com destaque para a pernada das ações de tecnologia, especificamente as fabricantes de semicondutores. Os papéis da Nvdia (NVDA), por exemplo, subiram 3,43%, negociados por US$ 149,43 cada.
Veja o fechamento das bolsas de valores americanas:
➡️ Leia mais: Bitcoin (BTC) salta em 2025 e toca os US$ 102,4 mil; altcoins disparam
Destaque de altas do Ibovespa
As ações que encabeçaram a alta do Ibovespa nesse pregão são justamente aquelas bastante sensíveis ao ambiente de taxa Selic nas alturas, que já é cogitada em 15% ao ano em 2025.
Mas, elas se aproveitaram da queda das taxas dos DIs (Depósitos Interbancários) com vencimentos no curto prazo, que são contratos de juros futuros também negociados na bolsa de valores na brasileira, a B3 (B3SA3), que, na prática, podem sinalizar uma taxa básica de juros um pouco menor do que se previa antes.
📊 Por exemplo, a taxa do DI para julho de 2025 estava em 14,01%, ante o último fechamento de 14,07%. Já na ponta mais longa da curva de juros, a taxa do DI para janeiro de 2033 marcava 14,56%, ante 14,80% do ajuste anterior.
Quanto menores são essas taxas dos DIs nos vencimentos mais longos, maior potencial de valorização as ações brasileiras do Ibovespa podem destravar com consistência, segundo analistas.
- Azul (AZUL4): +14,67%
- Yduqs (YDUQ3): +10,32%
- Carrefour Brasil (CRFB3): +9,98%
- Magazine Luiza (MGLU3): +6,55%
- Eneva (ENEV3): +6,06%
➡️ Leia mais: Nova carteira do Ibovespa entra em vigor, confira
Destaque de altas do Ibovespa
Por outro lado, as companhias exportadoras de commodities que têm receitas mais dolarizadas foram as maiores perdedoras do Ibovespa nesta segunda-feira (6).
📉 O principal índice acionário do mercado brasileiro só não teve um desempenho ainda melhor porque foi brecado pelas quedas de seus pesos-pesados Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que cederam −1,28% e −0,63%, respectivamente.
- Marfrig (MRFG3): −2,61%
- PetroRecôncavo (RECV3): −2,01%
- Caixa Seguridade (CXSE3): −1,47%
- Vale (VALE3): −1,28%
- Klabin (KLBN11): −1,06%

AZUL4
AZUL0.61
-91,97 %
-5,57 %
0%
0.47
0.02

Lanterninhas da B3: Os 7 piores investimentos em 2025; veja lista
Seleto grupo de ações brasileiras chega a registrar perdas de até -83,90% no acumulado do ano.

Azul (AZUL4) recebe notificação da B3; veja motivo
A companhia afirmou que analisará e implementará as medidas necessárias.

Azul (AZUL4) tem prejuízo líquido ajustado de R$ 475,8 milhões no 2T25
No período, a empresa registrou receita operacional de R$ 4,94 bilhões, o maior valor para um segundo trimestre.

Azul (AZUL4) consegue aprovação dos EUA para acordo com Aercap; veja
A Azul também obteve o aval para rescindir vários contratos de arrendamento.

Azul (AZUL4) encerra mais de 50 rotas e decide deixar 13 cidades
Empresa vai reduzir em 10% o número de decolagens em voos nacionais e internacionais.

Azul (AZUL4) garante aporte bilionário com novos investidores nos EUA; entenda
O valor comprometido — equivalente a cerca de R$ 3,5 bilhões na cotação atual — representa uma possível injeção de capital relevante.

Ações da Azul (AZUL4) sobem quase 3% após financiamento bilionário
A notícia fortaleceu o sentimento positivo do mercado sobre os próximos passos do seu processo de recuperação judicial.

Azul (AZUL4) fecha junho com receita de R$ 1,64 bi e Ebitda ‘forte’; confira
A Azul registrou receita líquida de R$ 1,64 bi e Ebitda ajustado de R$ 420 mi em junho, com margem operacional de 25,6%.