Governo faz acordo sobre pré-sal de Jubarte e custo pode ser da Petrobras (PETR4)
Acordo de Individualização da Produção de Jubarte ainda envolve Brava, Shell e ONGC.

A União segue avançando no plano de elevar a arrecadação federal no setor de petróleo, o que pode incorrer em custos extras para a Petrobras (PETR4).
⛽ Isso porque a ANP (Agência Nacional de Petróleo) aprovou um AIP (Acordo de Individualização da Produção) para a Jazida Compartilhada do Pré-Sal de Jubarte, situado no litoral do Espírito Santo.
O acordo confirma que a Petrobras é a detentora dos direitos de exploração da maior parte da jazida. Além disso, assegura as participações de Shell (SHEL), Brava (BRAV3) e ONGC no campo. Contudo, também prevê a participação da União, representada pela PPSA, na jazida.
O AIP vale a partir de 1º de agosto, mas envolve o pagamento de compensações financeiras relativas à produção realizada antes dessa data.
A União, por sinal, espera arrecadar R$ 1,7 bilhão com o campo de Jubarte, segundo revelou o secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Clayton Montes, nessa terça-feira (22).
O custo para a Petrobras
💲 Segundo a XP, o recurso previsto pela União deve ser pago pela Petrobras, já que a estatal produz em Jubarte desde 2008.
Os analistas ainda preveem o pagamento de compensações financeiras da estatal para as outras empresas envolvidas no campo, como a Brava.
Por isso, a XP calcula que o custo final do acordo de Jubarte pode chegar a R$ 2,5 bilhões para a Petrobras. Segundo os analistas, esse recurso seria distribuído da seguinte forma:
- União: R$ 1,7 bilhão;
- Shell: R$ 400 milhões;
- Brava: R$ 200 milhões;
- ONGC: R$ 200 milhões.
🗣️ Em comunicado ao mercado, a Petrobras confirmou que, "em decorrência do processo de individualização da produção da jazida, há o compromisso das empresas em negociar a compensação financeira entre os gastos incorridos e as receitas relativas aos volumes produzidos até a data da efetividade do AIP".
A estatal, no entanto, não fez comentários sobre o custo da medida.
Já a Brava reforçou que "as partes envolvidas estão negociando o acerto financeiro relativo aos volumes produzidos até a data da efetividade do AIP". Além disso, a companhia prometeu divulgar mais detalhes sobre o processo "assim que estiverem disponíveis".
O acordo
Acordos de Individualização da Produção como este são celebrados quando as jazidas se estendem para além das áreas concedidas ou contratadas.
O objetivo é definir as participações de cada parte, além das regras da execução conjunta das operações de desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural da jazida compartilhada.
Segundo este acordo, a Jazida Compartilhada do Pré-Sal de Jubarte compreende três áreas:
- o Campo de Jubarte (97,25%), que é operado pela Petrobras;
- áreas não contratadas (1,89%), que são de direito da União, através da PPSA;
- o Campo de Argonauta (0,86%), que é operado pela Shell (50%) em parceria com a ONGC (27%) e a Brava (23%) -a petroleira brasileira comprou a participação da QatarEnergy Brasil no campo em dezembro de 2024.
Dessa forma, a Petrobras seguirá com uma participação de 97,250% na Jazida Compartilhada de Jubarte. Já o restante será dividido da seguinte forma:
- Shell: 0,430%;
- Brava: 0,198%;
- ONGC: 0,232%;
- União (PPSA): 1,890%.
O AIP de Jubarte faz parte das medidas negociadas pelo governo como uma forma de elevar a arrecadação federal em 2025 e 2026.
O pacote ainda prevê leilões de áreas não contratadas do pré-sal, ajustes nas participações especiais e nos royalties de petróleo.
A medida ganhou força devido à necessidade da União de aumentar a arrecadação para cumprir as metas fiscais diante da derrubada de parte do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

PETR4
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