Gol (GOLL54) recebe prazo da B3 para ajustar free float

O prazo concedido para que a companhia atenda às regras de free float vai até 18 de janeiro de 2027.

Publicado em 23/07/2025 às 08:18h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 23/07/2025 às 08:18h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio

A Gol teve prejuízo líquido de R$ 1,42 bilhão em maio (Imagem: Shutterstock)

A B3 concedeu à Gol (GOLL54) um prazo extraordinário até 18 de janeiro de 2027 para que a empresa se enquadre nas regras de free float, após concluir seu processo de aumento de capital. O free float representa a fatia das ações de uma empresa que pode ser livremente negociada no mercado, ou seja, que não está sob controle de acionistas majoritários ou controladores.

💰 Como etapa do seu processo de reestruturação financeira sob o Chapter 11 nos EUA, a Gol, em junho, concluiu um aumento de capital de R$ 12 bilhões. Foram emitidas 8,19 trilhões de ações ordinárias e 968,8 bilhões de ações preferenciais, com preços simbólicos, R$ 0,0002857142 para ordinárias e R$ 0,01 para preferenciais.

"O Aumento de Capital foi implementado, nos termos do Plano, para promover a capitalização de créditos devidos pela Companhia no montante de R$12.029.337.733,91, conforme detalhado no Aviso aos Acionistas", diz parte do comunicado.

💸 No período de preferência encerrado em 14 de julho, os acionistas minoritários não realizaram subscrição de ações ordinárias, e somente 0,76% das ações preferenciais foram subscritas, somando R$ 73,2 milhões, montante a ser transferido à Gol Investment Brasil S.A. A Gol Investment também assumiu a totalidade das ações ordinárias e 99,24% das preferenciais.

"A acionista Gol Investment é atualmente detentora de 99,97% das ações ordinárias da Companhia e de 99,21% das ações preferenciais da Companhia e informou estar analisando alternativas para endereçar a exigência de Percentual Minimo de Ações em Circulação, nos termos do Regulamento do Nível 2 de Governança Corporativa da B3 S.A", diz o texto.

Relembre também os números da Gol

A Gol teve prejuízo líquido de R$ 1,42 bilhão em maio. A companhia também apresentou Ebitda (juros antes impostos) negativo de R$ 650 milhões, com margem de -42%, de acordo com fato relevante ao mercado.

💲 No fim de maio, a companhia reportou caixa total de R$ 1,87 bilhão e dívida líquida de R$ 30,7 bilhões, valor que abrange empréstimos, arrendamentos, financiamentos e recursos DIP. Além disso, a receita líquida no mês foi de R$ 1,54 bilhão.