Gerdau (GGBR4) dispara na bolsa com tarifas de Trump; veja o retorno esperado
O BTG Pactual calculou quanto o Ebitda da Gerdau pode crescer com a nova tarifa sobre o aço dos EUA.

A Gerdau (GGBR4) opera em forte alta na B3 nesta segunda-feira (2), diante da decisão de Donald Trump de dobrar as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre a importação de aço e alumínio, de 25% para 50%.
📈 Com operações nos Estados Unidos, a Gerdau é apontada como a principal beneficiária da medida na bolsa brasileira. Por isso, avançava 5,11% às 12h26, aos R$ 16,03.
As ações da Metalúrgica Gerdau (GGBR4) também subiam. A alta era de 4,90% e o papel era negociado por R$ 8,77 no mesmo horário.
BTG calcula impactos
Em relatório, o BTG Pactual explicou que 60% do Ebitda da Gerdau vem das operações mantidas em solo americano.
Além disso, afirmou que esses negócios estão "prontos para expandir a lucratividade e ajudar a compensar a fraqueza contínua no Brasil".
💲 Os analistas do banco calculam, portanto, que o Ebitda da Gerdau poderia crescer 12% em relação ao seu cenário-base caso os preços do aço subissem 5% nos Estados Unidos.
Já o rendimento com fluxo de caixa livre projetado para 2026 aumentaria de 10% para 13% neste cenário.
"Além disso, acreditamos que a melhora do cenário de preços nos EUA poderia ajudar a restaurar a confiança dos investidores de que a empresa pode retornar às margens de EBITDA na faixa de 20%", escreveram.
Leia também: Vale (VALE3) vê duas oportunidades de negócio na transição energética; confira
Recomendação
Diante dessa avaliação, o BTG Pactual acredita que as ações da Gerdau estão sendo negociadas com desconto na B3.
O banco recomenda, então, a compra e tem um preço-alvo de R$ 20 para o papel, o que implica em um potencial de alta de 31% em relação ao fechamento de sexta-feira (30).
Tarifas
Trump impôs uma tarifa de 25% sobre toda a importação americana de aço e alumínio em fevereiro. Agora, pretende dobrar essa tarifa para 50%.
🗓️ O aumento foi anunciado na sexta-feira (30) e deve entrar em vigor na próxima quarta-feira (4).
A Gerdau já havia relatado impactos positivos da tarifa de 25% para analistas, como um aumento da carteira de pedidos da divisão americana.
Outras empresas da B3, no entanto, podem ser afetadas negativamente pela medida, segundo especialistas. É o caso de Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e Vale (VALE3).

GGBR4
GERDAUR$ 16,36
-7,74 %
4,73 %
3.91%
10,15
0.6

Gerdau (GGBR4) deve reduzir investimentos no Brasil
CEO reclamou da falta de proteção à indústria nacional, diante do aumento das importações do aço chinês.

Lucro da Gerdau (GGBR4) cai 8,6% no 2º trimestre, mas receita avança
O resultado representa uma queda de 8,6% na comparação com o mesmo período de 2024, mas mostra avanço de 14% frente ao trimestre anterior.

Vai pingar na conta: Grupo Gerdau anuncia mais de R$ 318 milhões em dividendos
Terão direito ao provento os investidores posicionados até o fim do pregão do dia 11 de agosto de 2025.

Gerdau (GGBR4) pega R$ 566 milhões emprestados com o BNDES; veja objetivos
Financiamento mira projetos de redução das emissões de gases de efeito estufa da companhia.

Gerdau (GGBR4) recompra US$ 237,65 mi em oferta por títulos de 2027
O preço pago na recompra foi de US$ 1.007,83 para cada US$ 1.000 de valor nominal.

GGBR4 e GOAU4 ganham nova recomendação, veja de quem
O relatório do banco norte-americano foi divulgado na última quinta-feira (5).

EUA impõem tarifa de 50% sobre aço e alumínio: Uma empresa da B3 sai ganhando
Trump dobrou a tarifa anunciada em fevereiro para proteger a indústria americana.

Gerdau (GGBR4) aprova emissão de R$ 1,375 bilhão em debêntures
Não foram divulgados detalhes sobre prazos, remuneração ou vencimento dos títulos.