EUA miram minerais críticos do Brasil; Lula reage: "Ninguém põe a mão"
Minerais críticos e estratégicos são utilizados na tecnologia de ponta, em chips para celulares, computadores e na transição energética.

Raul Jungmann, presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), declarou na última quinta-feira (24) que Gabriel Escobar, encarregado de negócios da embaixada dos EUA (Estados Unidos) no Brasil, voltou a demonstrar o interesse do governo norte-americano nos MCEs (minerais críticos e estratégicos) brasileiros.
🗣️ Jungmann afirmou que Escobar voltou a tratar do assunto em uma reunião com representantes do setor privado, ressaltando que o mesmo posicionamento já havia sido manifestado por ele cerca de três meses antes.
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“O encarregado de negócios da embaixada não falou isso, de ‘realizar acordos’ etc. O que ele falou é que os EUA tinham interesse nos MCEs — o que, aliás, ele já tinha nos falado há três meses”, disse. A posição foi reafirmada: “Dissemos então que a pauta de negociações era privativa do governo. E que nós pretendíamos negociar com o setor privado de lá.”
Lembrando que minerais críticos e estratégicos são utilizados na tecnologia de ponta, em chips para celulares, computadores e na transição energética. O Brasil possui reservas de recursos como nióbio, lítio, grafite, cobre, urânio e cobalto, além disso, o país possui a segunda maior reserva conhecida desses elementos, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Resposta de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu ao interesse dos EUA nos minerais estratégicos brasileiros. Em evento de entregas promovido pelo governo federal em Minas Novas (MG), Lula afirmou que “aqui ninguém põe a mão” e destacou a importância de preservar a soberania brasileira.
💬 “Temos todo o nosso petróleo para proteger. Temos todo o nosso ouro para proteger. Temos todos os minerais ricos que vocês querem para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro”, disse o presidente.
Tensão entre EUA e Brasil
Os EUA miram os minerais críticos do Brasil em meio a uma tensão motivada pela decisão do país norte-americano, comandado pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano), de impor uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto.
O presidente Lula afirmou que o presidente norte-americano não está disposto a discutir a tarifa. "Eu fiquei pensando: o que fazer? Ele não quer conversar, se ele quisesse conversar, ele pegava o telefone e me ligava", completou. Lula seguiu e ironizou a medida de Trump. "Mas ele não quis conversar", afirmou.
💭 Na semana, Trump voltou a falar das taxas e declarou que as tarifas de 50% foram direcionadas a países com os quais os Estados Unidos mantêm relações “não muito boas”. “Em alguns casos, é 50% porque o relacionamento não tem sido bom com esses países. Então apenas dissemos: ‘vão pagar 50'."
Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o governo federal está conduzindo negociações com os EUA. Além disso, uma comissão temporária externa do Senado Federal, aprovada oficialmente, viajará nesta sexta-feira (25) aos Estados Unidos com o objetivo de estabelecer diálogo com membros do legislativo norte-americano.

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