Empresa listada na B3 propõe agrupar ações na proporção 25 para 1
A companhia enfrenta processo de recuperação judicial e tem ações sendo negociadas abaixo de R$ 1.

Com ações sendo negociadas por centavos desde abril de 2025, o conselho de administração da Oi (OIBR3) teve que apresentar nesta quarta-feira (27) uma proposta de grupamento de ações, visando que a companhia se enquadre nas regras da B3.
Isso porque a bolsa de valores brasileira não permite que haja empresa listada, cujas ações tenham valor de negociação inferior a R$ 1,00 por prazo indefinido, já que a cotação sofre grandes oscilações percentuais a níveis nominais de preço tão baixos.
Dessa maneira, o conselho de administração da companhia propõe aos acionistas um grupamento de ações na proporção de 25 para 1, tanto os papéis ordinários (OIBR3) quanto os papéis preferenciais (OIBR4).
Até mesmo as American Depositary Shares (ADSs), que são os recibos de ações da Oi negociados na bolsa americana, também são alvos do grupamento, só que na proporção de 5 para 1.
Leia mais: Lanterninhas da B3: Os 7 piores investimentos em 2025; veja lista
OIBR3 na berlinda
Caso os acionistas aprovem a proposta de grupamento durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada para o dia 29 de setembro de 2025, o capital social da Oi passaria dos atuais 330,1 milhões de ações para a divisão de 13,1 milhões de ações. Seriam aproximadamente 13 milhões de papéis ordinários (OIBR3) e 56,5 mil papéis preferenciais (OIBR4).
O passo seguinte da empresa de telecomunicações em recuperação judicial seria conceder no prazo, não inferior a 30 dias, tempo hábil para que seus acionistas possam ajustar suas posições em lotes múltiplos de 25 ações, mediante negociações na bolsa de valores brasileira, a fim de evitar frações de ações.
Enfim, as ações da Oi passarão a ser negociadas grupadas a partir do primeiro pregão subsequente ao encerramento do período para livre ajuste dos acionistas. Já as eventuais frações de ações resultantes do grupamento seriam alvo de leilões na B3, mediante grupamento em números inteiros, com os valores liquidados proporcionais sendo respectivamente devolvidos aos investidores.
Conforme levantamento ao qual o Investidor10 teve acesso, OIBR3 foi um dos sete piores investimentos da B3 em 2025, acumulando prejuízo de −56% até o último dia 21 de agosto. Ampliando o horizonte, desde o dia 31 de dezembro de 2023, a OIBR3 derreteu −90%.

OIBR3
Oi0.6
-87,23 %
847,38 %
0%
0.01
0.01

Oi (OIBR3) reduz participação na V.tal para 27,26%
A empresa, dias atrás, informou também que adiou a data de divulgação dos resultados do 2T25.

Subsidiárias da Oi (OIBR3) ganham prazo de 30 dias para reorganização, veja
A iniciativa tem como objetivo manter o funcionamento das operações e permitir a reestruturação econômico-financeira das companhias.

Oi (OIBR3) quer "trocar" de recuperação judicial nos EUA, entenda
Companhia pediu o encerramento do Chapter 15, mas já avalia entrar no Chapter 11.

Oi (OIBR3) pede adiamento da recuperação judicial para conseguir pagar dívidas
A proposta será levada à votação da Assembleia Geral de Credores e, em seguida, à homologação judicial.

Empresa listada na B3 terá grupamento de ações ainda em 2025
Com ações ordinárias abaixo de R$ 1,00 cada, a Oi (OIBR3) precisa se sacudir.

Oi (OIBR3) sai do prejuízo e lucra R$ 1,65 bi no 1T25
Resultado foi favorecido pela venda de ativos prevista no plano de recuperação judicial.

Gestora solta a mão da Oi (OIBR3) e reduz participação para 9,8%
A redução da posição ocorre enquanto a companhia ainda atravessa fase crítica de recuperação judicial.

Oi (OIBR3) propõe aumento milionário na remuneração de executivos; ações caem
A proposta da Oi prevê um pagamento total de R$ 199 milhões aos executivos entre 2025 e 2027.