Depois de 2 anos, Petrobras (PETR4) retoma produção de fertilizantes no Nordeste
Estatal fecha contrato com a Engeman e prevê início das operações até o fim de 2025, com geração de 800 empregos.

Em fato relevante divulgado nesta terça-feira (16), a Petrobras (PETR4) informou que fechou um contrato para retomar a produção de fertilizantes na região nordeste do país. A empresa escolhida foi a Engeman que prestará serviços nos estados da Bahia e Sergipe com inícios de operação previsto para até o fim deste ano.
O processo de escolha da Engeman se deu por meio de licitação, depois que a antiga contratada deixou de operar nos locais em 2023. Na época, a Unigel declarou que o alto preço do gás natual estava inviabilizando os lucros da operação.
“A previsão é que a posse para a Petrobras seja restabelecida no mês que vem, prazo no qual a Unigel desmobilizará suas equipes e realizará demais processos do encerramento do arrendamento”, disse a Petrobras, no comunicado nesta terça-feira.
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No total, a companhia espera que sejam gerados 800 empregos diretos e indiretos com a nova linha de produção. “Reforça o compromisso da Petrobras com o desenvolvimento da cadeia produtiva nacional”, diz o documento.
O retorno da produção de fertilizantes no nordeste é uma demanda do presidente Lula que defendeu, ainda em campanha, que a estatal deveria voltar a operar neste setor. O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo, mas depende de fertilizantes de outros países para manter a safra em dia.
Por outro lado, não há um consenso do mercado sobre o papel da petrolífera na área de fertilizantes, com muitos agentes indicando que é uma aposta controversa. Isso porque os preços praticados por outros países faz com que os produtos cheguem ao Brasil de maneira competitiva, o que não indicaria uma necessidade da produção brasileira.
Em evento recente, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu a atuação da companhia no segmento, reforçando a necessidadade de garantir insumos básicos produzir nacionalmente. Ela destacou o caso da ureia, por exemplo, necessária para a produção de vários itens, que hoje vêm exclusivamente do exterior.
“O agro e o setor de petróleo estão se fundindo cada vez mais. E o fertilizante é uma excelente oportunidade para a gente ampliar o nosso mercado de gás”, afirmou Chambriard.
No plano estratégico da petrolífera para o quadriênio 2025-2029, foram destinados R$ 900 milhões para a operação de fábricas de fertilizantes. Nestes casos, serão gerados até 15 mil postos de trabalho, conforme destacou a executiva.

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