Tarifaço de 50%: EUA aceitam consulta do Brasil à OMC, mas Trump não dá arrego
Governo americano defende que tarifas comerciais aplicadas aos produtos brasileiros é caso de "segurança nacional".
Pelo menos 40 funcionários de uma fornecedora da Taurus (TASA3), uma das maiores fabricantes globais de armas de fogo, entraram em férias coletivas na planta localizada em São Leopoldo (RS), na Grande Porto Alegre.
A medida foi adotada devido às consequências do tarifaço de 50% aplicado pelo governo do presidente americano Donald Trump à maioria dos produtos exportados pelo Brasil aos EUA.
💰 O anúncio chega semanas após a empresa decidir transferir sua principal linha de montagem do RS para os Estados Unidos. Salesio Nuhs, CEO global da empresa, afirmou que desde o início das negociações sobre o tarifaço, medidas estão sendo tomadas para reduzir os impactos.
Desde abril, a Taurus reforçou preventivamente o estoque de produtos acabados nos EUA e antecipou a exportação de peças e partes de armas, especialmente carregadores, para evitar a taxa de 50%. A empresa informou que, a partir de setembro, serão montadas diariamente nos Estados Unidos cerca de 900 armas, de um total de 2,1 mil atualmente produzidas no Brasil com destino ao mercado americano.
No 2º trimestre de 2025, a Taurus obteve lucro líquido de R$ 33,2 milhões, revertendo a perda de R$ 9,0 milhões registrada no mesmo intervalo de 2024. O Ebitda (lucro antes de juros) ajustado totalizou R$ 49,2 milhões, representando uma queda de 14,9% em comparação ao 2T24.
💲 Entre abril e junho deste ano, a margem Ebitda ajustada foi de 12,2%, apresentando queda de 2,0 pontos percentuais frente ao 2T24. A empresa atribuiu o resultado do lucro à retomada da produção e das vendas, à maior rentabilidade bruta e ao controle de despesas.
Outro fator relevante foi a reversão do resultado financeiro para positivo, reflexo da redução da pressão cambial. Na outra ponta, a receita líquida somou R$ 402,4 milhões, retração de 1,3% ante o 2T24. O lucro bruto atingiu R$ 152,8 milhões, crescimento de 5,9% na comparação anual.
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Governo americano defende que tarifas comerciais aplicadas aos produtos brasileiros é caso de "segurança nacional".
A empresa atribuiu o resultado do lucro à retomada da produção e das vendas.