Petrobras (PETR4) pode ajudar a lidar com alta do petróleo, diz nº 2 de Haddad
Segundo Durigan, a política de preços da estatal seria uma "mitigação" importante no momento.
Em um momento em que próximos cortes na taxa de juros são incertos, parte dos investidores estão apostando na tese de dividendos. Na análise da XP Investimentos, este é o momento perfeito para dar espaço na carteira para este tipo de estratégia.
Em entrevista ao InfoMoney, Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, destaca que os investidores devem olhar empresas mais estáveis e que têm bom dividend yield.
“É um cenário que não é bom para small caps [empresas de menor valor de mercado e menos líquidas], mas é muito bom para empresas de dividendos, que são mais estáveis e defensivas. Dividendos são o lugar para se estar agora”, afirmou.
Atualmente, a carteira recomendada para dividendos da XP é composta por empresas dos setores elétrico, bancos e comunicações. A maioria delas tem uma porcentagem de divisão de lucro esperada acima de 10% para este ano.
Alupar (ALUP11) - 3,7%
Banco do Brasil (BBAS3) - 16,9%
Cemig (CMIG4) - 9,0%
Copasa (CSMG3) - 10,4%
Copel (CPLE6) - sem dados
Itaú Unibanco (ITUB4) - 7,6%
Petrobras (PETR4) - 21,0%
TIM (TIMS3) - 8,4%
Vale (VALE3) – 11,7%
Vivo (VIVT3) - 9,7%
As ações da Petrobras, claro, não ficaram de fora da carteira da XP, já que essa é uma das empresas que mais pagam dividendos no país. No entanto, o relatório da corretora não deixou de citar o aspecto político que envolve a estatal e que pode alterar os dividendos da companhia.
A empresa também incluiu o Banco do Brasil, que deve dividir quase 17%, junto com o Itaú que tem uma perspectiva positiva para o ano. “O crescimento de lucro das instituições financeiras deve seguir bem sólido, com um guidance de crescimento da carteira próximo de 10%”, pontuou Ferreira.
Segundo Durigan, a política de preços da estatal seria uma "mitigação" importante no momento.
Conforme anunciado em 16 de abril, estatal pagará R$ 0,3718 por ação em dividendos.