🚨 A Metalúrgica Gerdau (GOAU4), holding que controla a gigante do aço Gerdau (GGBR4), divulgou nesta quinta-feira (31) seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2025 (2T25).
O período foi marcado por uma leve retração anual nos lucros, mas também por avanços relevantes nas vendas e uma forte presença nas operações internacionais, especialmente na América do Norte.
Entre abril e junho, o lucro líquido ajustado da companhia totalizou R$ 863 milhões, queda de 9,1% frente ao mesmo período de 2024.
Em relação ao trimestre anterior, no entanto, houve avanço de 14,1%, sinalizando uma recuperação gradual em meio a um cenário ainda desafiador.
O Ebitda ajustado somou R$ 2,558 bilhões, um leve recuo de 2,4% na base anual. A margem Ebitda caiu 1,2 ponto percentual, atingindo 14,6%, o que indica certa pressão sobre a rentabilidade operacional.
Ainda assim, a empresa destacou ganhos de produtividade e eficiência que ajudaram a suavizar os impactos de mercado.
A receita líquida da Metalúrgica Gerdau no trimestre atingiu R$ 17,5 bilhões, avanço de 5,5% em relação ao 2T24. O desempenho positivo foi puxado, principalmente, pelas operações fora do Brasil.
Segundo a companhia, a América do Norte respondeu por 61,4% do Ebitda do trimestre — maior participação já registrada.
Esse desempenho foi impulsionado pela queda nas importações e por uma reconfiguração da oferta interna de aço nos Estados Unidos, que favoreceram os produtores locais.
“Com o mercado priorizando a compra de aço local frente ao importado, a carteira de pedidos ao longo do trimestre seguiu alta, na média de 75 dias”, afirmou a companhia em comunicado.
A Gerdau também destacou que o aumento dos preços no mercado americano contribuiu para a expansão da rentabilidade naquela região.
➡️ Leia mais: Vai pingar na conta: Grupo Gerdau anuncia mais de R$ 318 milhões em dividendos
Na América do Sul, o volume de vendas subiu 21,8% em relação ao primeiro trimestre, impulsionado por maiores exportações na Argentina.
Contudo, a demanda interna segue enfraquecida em diversos países da região, o que pressiona os preços e reduz as margens.
No Brasil, a situação também não foi das mais favoráveis. O volume de vendas caiu 5,2% em relação ao trimestre anterior, reflexo do menor volume exportado.
Apesar disso, houve recuperação no mercado doméstico, o que ajudou a atenuar os impactos.
A Metalúrgica Gerdau chamou atenção para a alta penetração de aço importado, que alcançou 26% no trimestre — 3,9 pontos percentuais acima do mesmo período de 2024.
Os aços planos foram destaque negativo, com penetração de 29,5%, o maior nível da série histórica do Instituto Aço Brasil (IABR).
“Mesmo com a renovação do sistema cota-tarifa por mais 12 meses, o elevado nível de importações segue sendo um dos temas críticos para a competitividade da indústria brasileira”, alertou a empresa.
O investimento em capex (capital para expansão e manutenção) totalizou R$ 1,6 bilhão no trimestre, crescimento de 12,8% frente ao mesmo período de 2024.
Cerca de 80% desse valor foi direcionado às operações no Brasil, reforçando o compromisso da companhia com o desenvolvimento local.
Já a alavancagem, medida pela razão entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 0,85 vez em junho, contra 0,69 vez no trimestre anterior e 0,50 vez um ano atrás. Apesar do leve aumento, o nível de endividamento segue controlado.
“Ao mesmo tempo em que seguimos firmes na execução da nossa estratégia de crescimento sustentável, mantivemos nossa solidez financeira e continuamos em busca de maior eficiência e competitividade frente aos desafios do setor e do mercado”, destacou a empresa no relatório.
➡️ Leia mais: Vale (VALE3) pagará “bolada” em JCP de R$ 1,89 por ação; veja quem tem direito
A companhia segue atenta às mudanças nas condições comerciais globais e às pressões competitivas.
A renovação do sistema de cotas para importações foi vista como positiva, mas insuficiente para resolver a questão estrutural da concorrência desleal.
📊 Diante disso, a Metalúrgica Gerdau reafirma sua estratégia de foco em eficiência operacional, investimentos em produtividade e equilíbrio financeiro, enquanto monitora os desdobramentos das políticas comerciais que afetam diretamente o setor siderúrgico.
A primeira distribuirá R$ 0,08 por ação, enquanto a segunda remunerará investidores com R$ 0,12 por ação
Confira os valores por ação dos dividendos milionários anunciados por ambas as companhias, além de checar as condições de pagamento
