Gerdau (GGBR4) deve reduzir investimentos no Brasil
CEO reclamou da falta de proteção à indústria nacional, diante do aumento das importações do aço chinês.
💰 Nesta terça-feira (10), a Gerdau (GGBR4) anunciou ao mercado que recomprou US$ 237,65 milhões em títulos de dívida com vencimento em 2027, dos US$ 418,24 milhões originalmente emitidos. O preço pago na recompra foi de US$ 1.007,83 para cada US$ 1.000 de valor nominal.
Segundo a empresa, permanecem em circulação US$ 180,6 milhões desses papéis, que pagam juros de 4,875%. Já a liquidação financeira ocorrerá em 12 de junho. O anúncio chega alguns dias após o BofA (Bank of America) revisar o preço-alvo da GGBR4 de R$ 17,50, para R$ 22, sendo uma valorização de 35,5%.
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“Acreditamos que o recente aumento nas tarifas pode levar a preços mais altos de aço longo, impulsionando para cima a revisão dos lucros, especialmente para 2026. Vale mencionar que a América do Norte deve representar entre 50% a 60% do Ebitda da Gerdau entre 2025 e 2026”, avaliaram os analistas do banco.
💸 Segundo eles, os investimentos devem favorecer o fluxo de caixa da Gerdau. “A combinação de maior Ebitda em 2026 e menor capex leva a um fluxo de caixa maior para 2026, expandindo o FCF de um dígito em 2025 para algo próximo de 13% a 14% em nossa estimativa, o que achamos atraente”, diz o relatório.
“Além disso, os investimentos para aumentar a capacidade de bobina a quente no Brasil, a otimização de custos derivada de investimentos em mineração e os preços mais altos do aço nos EUA compensam o mercado brasileiro desaquecido, impulsionando um crescimento de 14% no Ebitda em relação ao ano anterior”, explicaram.
CEO reclamou da falta de proteção à indústria nacional, diante do aumento das importações do aço chinês.
O resultado representa uma queda de 8,6% na comparação com o mesmo período de 2024, mas mostra avanço de 14% frente ao trimestre anterior.